domingo, 1 de março de 2015

Constantino





Natal me lembra meus pais
Que adoravam o natal
E celebravam a família nesta data.
Em especial, meu pai...
Revejo-o fazendo presépios, montando árvores,
Enfeites, velas, colocando luzes
E tornando minha infância inesquecível.

Depois que meu pai morreu, meu sonho de filha apaixonada era ter uma rua com o nome dele, uma escola, uma biblioteca já que ele gostava tanto de livros. Eu queria eternizá-lo! Difícil... Andarilhos que fomos, não criamos raízes nem história em lugar algum. Meu pai não foi uma pessoa pública nem famosa. Foi importante, sim, mas apenas para quem teve o privilégio de conviver com ele. Meu pai era educado, culto e essencialmente bom. Acreditava sempre no melhor das pessoas, valor que adotei em minha vida e tento passar aos meus filhos.

Meu sonho ficou adormecido.

Foi desperto em junho desse ano com o choro de um menino recém nascido.
Neto da filha “descaradamente” predileta de papai,
Filho de um neto apaixonado por ele,
Primeiro bisneto homem dele
E que orgulhosamente se chama
CONSTANTINO !!!
Quem precisa de nome de rua ou escola pra carregar seu nome quando se tem uma criança da família pra isso?!
O nome do meu pai permanece na família, sua memória continua viva entre nós.
A homenagem me deixou comovida e realizada.
Onde estiver, meu pai deve estar enchicharradamente feliz.
16.12.2008

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